Impulsionar o negócio é o desejo de qualquer empreendedor, mas, nem todos sabem como fazer, não é mesmo? Fique tranquilo, pois, com a teoria U isso é totalmente possível.
Todo negócio, só se torna, de fato, um sucesso, quando ele realiza uma transição do que ele é hoje, para o que ele deseja ser futuramente, correto?
Para isso, é necessário realizar mudanças, desde os processos, até na gestão e na maneira de aplicar estratégias.
Assim, para gerir essas mudanças, é possível se utilizar da Teoria de U, cujo foco é mudar sistemas, de forma que a empresa evolua.
Acompanhe o texto até o fim e aprenda mais sobre a teoria U.
Teoria U: Conhecendo a teoria
De maneira simples, a Teoria U é um método usado para resolver desafios organizacionais.
Iniciada em 2006 e construída por um período de 10 anos por Otto Scharmer, com a ajuda de colaboradores como Peter Senge e Joseph Jaworki, a teoria U possui cinco estágios e sete capacidades.
Entretanto, para isso acontecer, alguns itens precisam ser considerados, como:
- Espiritualidade do empreendedor;
- Persistência de buscar o melhor através do conhecimento;
- Estar aberto para aprender
Teoria U – Principais conceitos e aplicações
Segundo Otto Scharmer as pessoas estão criando resultados de maneira coletiva que quase ninguém deseja, pois, se aproveitam de experiências anteriores para projetar o futuro.
Entretanto, o objetivo é aprender com o passado, mas detectar necessidades futuras, ou seja, prever o que as pessoas irão precisar no futuro.
Um bom exemplo em negócios é a versão Mobile, pois, as empresas de programadores que detectaram essa tendência, ganhou muito dinheiro sendo contratado para organizar sites que precisavam desse modelo no futuro.
Assim, a ideia é deixar de lado os modelos mentais do passado e começar a usar a intuição e percepções para abrir a mente no futuro.
Além disso, para que a Teoria U seja aplicada corretamente, ela precisa ter início, meio e fim.
Mas, como isso funciona?
Bom, o início da letra U, é onde tudo começa, ou seja, onde as pessoas precisam analisar o que estão fazendo e entender como a organização funciona.
Em seguida, acontece o aprofundamento em direção ao fundo do U, onde o que não é importante, deve ser deixado de lado e focar no objetivo final.
Neste momento acontecem muitos insights, que influenciaram a terceira etapa, que é a subida do U.
Aqui acontece o processo de cristalizar a nova ideia, onde os novos pensamentos criam protótipos que irão impulsionar o sucesso da empresa.
Ou seja, de maneira resumida, a inovação.
Impulsione seu negócio: entenda o desafio da ruptura
Abismo em que humanidade enfrenta
Para Scharmer e Kaufer, “vivemos um tempo de profunda angústia, formado por três grandes divisões. (Abismo em que humanidade enfrenta – cenário de questões e patologias de natureza mundial).
Que são: a divisão ecológica, social e espiritual.
Coletivamente, estamos causando resultados devastadores na natureza, no social e de significado. Para Scharmer, “os problemas fora de nós, são problemas dentro de nós.”
E para enfrentar os desafios de nosso tempo, certamente precisamos mudar nosso pensamento como indivíduos e como sociedade.
O ponto cego das ferramentas econômicas e administrativas do século XX pode ser resumido em uma única palavra: consciência.
Visão sistêmica baseada na consciência
A mudança de sistemas com base na conscientização é uma abordagem para liderar profundas mudanças nos sistemas sociais. Que se concentra na criação de novos resultados.
Facilitando mudanças de consciência para as partes interessadas em um sistema, defende Scharmer.
Nossas economias utilizam um sistema operacional baseado na conscientização do sistema de ego sistemas. De fato, modificar esse sistema operacional do ego para o eco o mudaria em quase todos os aspectos.
A saber, imagináveis as questões-raiz mais importantes desses problemas, como afirmam Scharmer e Kaufer.
Otto Scharmer (2020), define a essência da mudança observando como as divisões de nossos tempos. As desconexões ecológicas, sociais e espirituais que criam nossa civilização.
São de fato os sintomas externos de uma estrutura de modelos mentais, de que precisamos descobrir e transformar.
Mergulhando na Teoria U
Então, temos como principal premissa o conceito de que, para aprimorar e otimizar um processo, precisa-se consciência. Entenda isso e Impulsione seu negócio.
O trabalho do Dono-dirigente é mobilizar ações e produzir resultados, integrando os objetivos. Além de, estratégias e personalidades para transformar o que precisa ser feito e como será executado.
Observa-se que a Teoria U é um framework de liderança e mudança baseado na consciência.
Que integra os métodos: pesquisa ação, aprendizagem organizacional, fenomenologia, ciência cognitiva, design thinking, mindfulness, entre outros.
Enfim, a Teoria U é uma técnica que objetiva aplicar um trabalho colaborativo desde sua concepção até a obtenção dos resultados. Ao procurar a quebra do modo de pensar para transformar o futuro.
Adeus experiências passadas
Scharmer (2020), considera que as experiências passadas não são mais suficientes para enfrentar os novos desafios.
- crises econômicas;
- Crises sanitárias;
- Desastres ambientais
- Crises políticas
- Violência e abismos sociais que se aprofundam diariamente.
De fato, estamos vivendo a era da disrupção, mas embora não possamos controlar o cenário externo, podemos controlar a nossa resposta a ele.
Os líderes de suas organizações, por exemplo, devem ser capazes de sentir as oportunidades do futuro tal como ele emerge.
“É preciso ainda compreender os ‘pontos cegos’ da realidade, pois o que enxergamos revela apenas a ponta de icebergs”, explica o Prof. Otto Scharmer em palestra realizada na Firjan (Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, 2019).
Então para ativar o nível mais profundo de conhecimento, segundo Scharmer e Kaufer, é necessário passar por um processo de três etapas:
- Observe, observe, observe – conecte-se aos locais de maior potencial;
- Recue e reflita: deixe o conhecimento interior emergir;
- Faça um protótipo: aja a partir do que emerge no agora.
Os três movimentos na teoria U
A Teoria U passa pelos três movimentos: observar, recuar (também conhecido como quietude), agir, e o U de sete pontos, sendo mais detalhado.
Portanto, a terceira principal ideia diz respeito aos instrumentos do conhecimento interior.
Um processo, cinco movimentos
Segundo Scharmer (2020), na tradução de Edson Furmankiewicz, a tecnologia social do U é fundamentada em cinco movimentos, os quais percorrem o caminho do U, sendo:
- Coiniciar;
- Cossentir;
- Copresenciamento;
- Cocriar e;
- Comodelar.
Conforme a figura é apresentada, descemos do lado esquerdo do U (conectando ao mundo que está fora da nossa bolha) até o fundo do U.
Conectando ao mundo que emerge de dentro) e subimos o outro lado direito do o U (trazendo o novo ao mundo), afirma o prof. Otto Scharmer.
Aprenda essa teoria e Impulsione seu negócio.
Os cinco movimentos do modelo U
O destaque da Teoria, é o termo Presencing (termo em inglês, dado por Scharmer), traduzido para o português ‘presenciamento’ é um dos cinco movimentos do U que leva maior destaque.
Em razão de ajudar a nos conectar a nossas mais profundas fontes de inspiração e quietude — e ao lugar do qual a futura possibilidade começa a surgir.
Surge o movimento Presencing em três diferentes tipos de presença: “do futuro, do passado e do verdadeiro “eu”. Ele desloca o lugar do qual o “eu” emerge para a mais alta possibilidade futura — o nosso “Eu”.”.
Para contribuir na massificação desse conhecimento, diante de uma teoria que se qualifica desde 2007, apresenta-se uma contextualização conceitual resumida dos cincos movimentos da Teoria U, com base nos escritos Scharmer e Kaufer:
1 – Coiniciar (Co-initiating)
É o processo de construir um espaço para um grupo principal que está passando pelo processo juntos. Este estágio estabelece as bases para o processo posterior e seu impacto.
Este primeiro passo, de coiniciar, se concentra em descobrir a intenção comum. Ouvir é a chave, ouvir a si mesmo, os outros e ouvir o que emerge do grupo principal.
2 – Cossentir (Co-sensing)
Iniciado uma intenção futura comum com o grupo principal, o próximo desafio é fazer com que a intenção seja operacional. Formando uma equipe de ação de prototipagem que embarque em uma jornada de sentir, descobrir e aprender fazendo.
3 – Copresenciar (Presencing)
Após realizar a imersão em contextos e locais de maior potencial, o próximo movimento enfoca em acessar a fonte mais profunda do saber conectando-se com o futuro que quer emergir através dos participantes.
4 – Copresenciamento (Co-creating)
Enfoca em colocar ideias em funcionamento, através da prototipagem de um microcosmo do que o futuro quer que se crie.
E certamente, através de um ciclo rápido de aprendizagem que realiza constantes iterações do protótipo existente. Baseado na retroalimentação das principais partes interessadas. Integrando mentes, intenções e ação.
5 – Comodelar (Co-evolving)
Uma vez que o protótipo for revisado e avaliado pelas várias partes interessadas. O próximo movimento enfoca em conduzir e evoluir o novo em um ecossistema institucional correto e em uma infraestrutura de suporte.
O Modelo U introduz o neologismo “Presencing”: o copresenciamento é “sentir” (sentir a possibilidade futura) e “presença” (o estado de ser no momento presente).
Significa encontrar e desenvolver soluções emergentes para superar rupturas agindo a partir da presença do que está querendo emergir, afirma Scharmer.
Em suma, a Teoria U, propõe uma jornada de revalorização das relações humanas, despertando o melhor potencial futuro de cada pessoa.
Ou organizações, sinalizando para uma nova era econômica, baseada em relações equilibradas entre as partes e o todo.
Considerar pontos relevantes sobre o nível de nossa consciência atual e de como podemos alterar o cenário tão complicado que criamos para nós mesmos.
Sete maneiras de estar presente e comodelar
Quem passa por esse processo conhece as seguintes mudanças sutis do campo social cognitivo.
A imagem abaixo exibe essas visões e mostra o processo central da Teoria U e as sete maneiras de estar presente e comodelar o mundo, conforme Scharmer.
O formato U, integra duas visões diferentes do nosso tempo: a descida do U é um arco para a visão cíclica oriental. A flecha (seu lado direito) é um aceno para a visão linear ocidental do desenvolvimento.
Massificando, o lado esquerdo do U, significa a porta de entrada para as camadas mais profundas da consciência. No lado direito, eles são espelhados por seus correspondentes no caminho para cima.
7 maneiras de estar presente e comodelar
1 – Reconfirmação (Holding the space)
No começo, há uma centelha de conscientização que nos leva além da reconfirmação, além de repetir os padrões do passado.
Enquanto operamos a partir da reconfirmação, o mundo fica congelado por nossos velhos hábitos mentais e experiências passadas; nada de novo entra em nossa mente. O mesmo de sempre.
2 – Visão (Observing)
No momento em que suspendemos nosso julgamento habitual, acordamos com novos olhos. Percebemos o que há de novo e vemos o mundo como um conjunto de objetos que são exteriores a nós, os observadores.
3 – Percepção (Sensing)
No momento em que redirecionamos nossa atenção dos objetos para a fonte, o “sentir” se amplia e se aprofunda. Essa mudança curva a linha de observação de volta para o observador. A fronteira entre observador e observado se abre.
4 – Presenciamento (Presencing)
Entrando em um momento de quietude, abandonamos (deixamos ir) o antigo e nos conectamos à esfera circundante do potencial futuro. A fronteira entre observador e observado desmorona em um espaço onde o futuro emerge.
5 – Cristalização (Crystallizing)
À medida que deixamos vir e cristalizamos visão e intenção, a relação entre observador e observado começa a se inverter. A visualização acontece a partir do campo do futuro (e não de nosso ego)
6 – Prototipagem (Prototyping)
Ao aprovarmos protótipos, exploramos o futuro fazendo.
A relação entre observador e observado continua sua inversão. A concretização acontece por “estar em diálogo com o universo” (e não a partir do nosso ego). Aceite isso e Impulsione seu negócio.
7 – Execução (Performing)
À medida que incorporamos o novo, evoluindo nossas práticas e infraestruturas. E o relacionamento entre observador e observado completa sua inversão.
A incorporação acontece a partir do contexto do ecossistema maior (e não do eu institucional, com “e” minúsculo).
Perceber-se que, a teoria U é uma metodologia para aprender a fazer algo novo, implementar mudanças e aumentar a produtividade em organizações.
Empiricamente, a Teoria U focaliza com mais profundidade através da valorização do know-how (saber como) de seus colaboradores, influenciada pela fase de presencing.
Com adaptação às possibilidades atuais e percepção das oportunidades emergentes, assim, prenunciando um aumento na eficiência das atividades do negócio.
Aplicabilidade da Teoria U
Observa-se na prática, que a teoria U se concentra em como os indivíduos, grupos e organizações podem sentir e realizar seu maior potencial futuro.
A teoria U combina o pensamento sistêmico, inovação e mudança de liderança – do ponto de vista de uma consciência humana em evolução.
O líder deve deslocar o processo (como) para o lugar no qual deverá ser realizado (onde. E assim, transmitir essas informações aos gestores e sistemas que irão operar e agir (quem).
Em resumo, a Teoria U compreende três elementos principais:
- Estrutura para enxergar o ponto cego da liderança e da mudança de sistemas;
- Implementar método de mudança baseado na conscientização: processos, princípios e práticas;
- Nova narrativa para a mudança social evolutiva, atualizando nossos sistemas operacional, mental e institucional para todos os setores da sociedade.
De acordo com Scharmer e Kaufer, as pessoas criam a realidade social a partir de quatro níveis de atenção . Que são definidos: recuperação (downloading), observar (seeing), sentir (sensing), copresenciar (presencing).
Então no primeiro nível, recuperação: o indivíduo apenas recupera opiniões arquivadas para responder a experiência atual.
Na etapa seguinte, observar: o indivíduo livre de preconceitos, observa sua realidade.
Para etapa, sentir: a atenção é empática e compassiva.
No quarto nível, a atenção passa pelo senso de presença sensível ao sistema organizacional futuro. Ou “presencing” é a atenção para o que está potencialmente emergindo no sistema, revela Scharmer.
O importância do gestor preparado
Segundo Chiavenato, o administrador é um agente de condução e transformação, que conduz a empresa a novos patamares, novas estratégias e novas tecnologias. Tem o papel de agente educador, pois orienta e dirige a organização, mudando comportamentos.
A Teoria criada por Scharmer, é representada por um U que se movimenta do lado esquerdo do U para o lado direito do U. Onde o indivíduo deve abrir sua mente primeiro para novas ideias, quebrando paradigmas.
Que muitas vezes são obstruídos por pensamentos e emoções até que surja a vontade efetiva da mudança.
Inegavelmente liderar o futuro à medida que surge, é um processo como indivíduos, equipes, organizações e grandes sistemas podem desenvolver as competências.
Competências fundamentais de liderança necessárias para abordar as causas profundas dos desafios: sociais, ambientais e espirituais.
Em resumo, certamente é atualizar o código operacional em nossos sistemas sociais. Por meio de uma mudança na consciência do sistema do ego para a consciência do ecossistema.
3 Processos essenciais
Para Scharmer (2020), observam três relações necessárias que precisam acontecer simultaneamente para que uma empresa. Um projeto ou tecnologia seja estabelecida de forma sustentável:
- Relação do “Eu com Eco”, que trata de entender profunda e sistêmica os efeitos da uma ação ao planeta, aos sistemas.
- Relação do “Eu com Nós”, que faz referência ao nosso espírito social, valorização e respeito humano. E por fim, a
- Relação do “Eu com Eu”, é a relação positiva das ideias, atitudes e decisões em sincronia com a mais importante característica do ser, a sua essência.
A liderança eficaz e eficiente depende da qualidade da atenção e intenção que o dirigente traz para qualquer situação, afirma Scharmer.
Conectar-se à melhor possibilidade futura e criar ideias inovadoras poderosas requer a inteligência do coração e da mão.
Não apenas a inteligência da cabeça, diz Scharmer. Você não tem certeza se cobra corretamente pelos seus produtos e serviços?
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